Uma forte dor de cabeça levou a pernambucana Kátia Bezerra, de 49 anos, a um hospital particular no Recife, em agosto de 2022. Na unidade de saúde, ela foi diagnosticada com uma infecção urinária, teve o quadro agravado e precisou amputar mãos e pernas. Após uma campanha na internet para arrecadar verba, ela conseguiu próteses para os membros inferiores e, agora, busca recursos para conseguir novas mãos.
Kátia, que atuava no setor de faturamento de uma clínica, contou que, após a internação, teve o coração, rins e pulmões comprometidos. Ela foi entubada, passou oito dias em coma e teve uma vasculite - inflamação nos vasos sanguíneos -, que impediu a circulação do sangue nas extremidades do corpo, deixando suas mãos e pés roxos e em processo de necrose.
Em poucos dias, Kátia precisou passar por cirurgia de amputação das mãos e pés e, na sequência, por um terceiro procedimento para fechar os cotos das pernas.
Dois meses após alta médica, amigos e familiares iniciaram uma campanha para a compra das próteses que passariam a substituir os membros perdidos. Kátia conseguiu quase R$ 100 mil, valor usado para comprar as próteses das pernas, que custaram R$ 49 mil o par.
Desde julho deste ano com as próteses provisórias, ela faz seções de fisioterapia duas vezes por semana, além de consultas na Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), no Recife, onde é atendida por psicólogos e outros especialistas.
"A possibilidade de voltar a andar é uma coisa muito renovadora. Eu saí do hospital sem os quatro membros amputados. Só de ficar em pé é uma sensação muito boa, é como se eu nunca tivesse ficado de pé na vida", informou Kátia, que disse estar sentindo dores com o uso dos equipamentos e em processo de reabilitação.
Com os R$ 30 mil que sobraram da primeira campanha, Kátia busca, agora, ajuda financeira para conseguir o valor restante para comprar as próteses das mãos, que custam R$ 140 mil o par.