Internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São Marcos, a professora Dávine Muniz, de 34 anos, que foi arremessada de um brinquedo no parque de diversões Mirabilandia em setembro deste ano, permanece em estado grave e inconsciente.
O parque volta às atividades nesta quinta-feira (2), dia que abre um período de feriadão.
Mas, entre as recomendações médicas, vem recebendo carinho dos pais e, assim, apresentando melhoras em seu quadro clínico. Ela chegou a realizar duas cirurgias recentemente.
“Em algumas vezes que o pai falou com ela, ela começou a chorar. A mãe chega perto e aperta a mão, e ela aperta de volta. Ela agora está começando a perceber mais esses estímulos. A equipe médica pede para que os familiares incentivem mais isso”, disse o primo de Dávine, Ricardo Lima.
Apesar de ainda estar com a presença de uma bactéria no corpo, Dávine já apresentou melhoras em seu quadro clínico.
“Ela fez essa semana uma cirurgia para corrigir as fraturas da face e uma outra com o pessoal da ortopedia, que tirou os fixadores no braço esquerdo, onde tinham fraturas expostas. No braço, foram colocadas placas e também parafusos definitivos”, afirmou.
Reforçando que a respiração da professora já voltou a acontecer de forma natural, o primo dela detalhou um pouco da atual rotina, amparada em um quadro de profissionais de diferentes áreas.
“Ela está, desde o dia 9 do mês passado, respirando sem a ajuda de aparelhos, e começou um tratamento com fonoaudiólogos. A equipe de fisioterapia está colocando vários eletroestimuladores nela, para a musculatura não atrofiar. Os médicos da ortopedia já mexeram o braço dela”, comemorou.
Cérebro inchado e futuro (ainda) incerto
Apesar do andamento com outras especialidades, a neurologia ainda é um desafio no caso de Dávine. Isso porque ainda não se sabe se ela ficará com algumas sequelas.
“Ainda não se sabe se haverá sequelas nem as limitações que ela poderá ter. Isso não foi conversado ainda, mas o cérebro permanece inchado. Os neurologistas ainda não sabem dizer se o tratamento dela é clínico, mas também não tem nenhuma programação cirúrgica”, disse.
Ricardo ainda confirmou que a cada 15 dias um neurocirurgião vai visitá-la para conferir seu quadro, e relembra que em um momento Dávine teve que ficar com parte do cérebro exposta.
“Antes dela ser jogada no chão, bateu com a cabeça na estrutura de ferro e os médicos que fizeram a descompressão no Hospital da Restauração precisaram abrir a cabeça para o cérebro desinchar também do lado de fora”, finalizou.