“Não é o momento de discutir isso porque enquanto houver a possibilidade de Jair Bolsonaro reverter essa inelegibilidade e ser o candidato de 2026, ele é o nosso candidato. Eu vejo muita gente, até de boa-fé, se deixando levar por isso e prejudicando nosso próprio movimento. Por que a gente tem que discutir agora a candidatura à presidência?”, disse o deputado.
Para Eduardo Bolsonaro, a eleição municipal vem bem antes da presidencial e funciona como termômetro para esta última, por isso muita coisa ainda pode acontecer. “Dois anos antes da eleição de 2022, o Lula estava preso e inelegível. Então, a insegurança jurídica que os tribunais superiores trouxeram ao Brasil me permite dizer que é totalmente factível uma reversão da inelegibilidade de Jair Bolsonaro”, comparou.
O filho 03 de Bolsonaro está confiante na formação da próxima composição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para salvar o pai da inelegibilidade. “Em 2026, a gente vai ter o Cássio Nunes presidindo o TSE. Se eu não tiver enganado, André Mendonça será o vice, e vai ter uma composição minimamente equilibrada, bem diferente da última composição em 2022”, adiantou o parlamentar.
Quanto à denúncia feita pela vereadora Liana Cirne (PT) contra Gilson Machado por campanha antecipada e desvio de finalidade da propaganda partidária na rádio e televisão, fato que, inclusive, causou troca de farpas entre o deputado e ela nas redes sociais, Eduardo foi irônico.
“Ela está fazendo o que um bom petista faz em ano de eleição: procurando holofote, mídia para tentar se reeleger, Se ela fosse minimamente coerente, deveria aplicar isso a todo o país, inclusive ao pessoal do PT. A gente não está fazendo evento eleitoral. A gente fez primeiro uma reunião com empresários, abriu para fazer com o pessoal da nossa base. Eu não posso ser impedido de falar com o pessoal que apoia Bolsonaro por conta de um período eleitoral, disse.
Na entrevista coletiva concedida à imprensa, antes da palestra, Eduardo Bolsonaro estava acompanhado do deputado federal Coronel Meira (PL-PE), dos deputados estaduais Coronel Feitosa (PL-PE) e Cabo Bebeto (PL-AL) e do advogado Emílio Duarte, que explicou porque a peça publicitária de Gilson não se caracteriza como evento eleitoral.