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Ação da PF investiga desvio de recursos públicos, corrupção, fraudes em licitações e lavagem de dinheiro no Sertão do Estado

Publicada em 08/05/24 às 15:06h - 11 visualizações

por Diario de Pernambuco


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 (Foto: DP)
A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta (78), uma ação para aprofundar as investigações sobre suposto desvio de recursos públicos, corrupção, fraudes em licitações e lavagem de dinheiro. 

Esse esquema apurado pela Operação  Ipuçaba II seria operado por uma organização criminosa que atua principalmente em cidades do Sertão pernambucano.

A PF cumpriu 14 mandados de busca e apreensão, além da quebra dos sigilos bancário e fiscal, e o sequestro de bens e valores dos investigados. 
 
A  27ª Vara da Justiça Federal em Ouricuri  expediu mandados para serem cumpridos mandados também nas cidades pernambucanas  Santa Filomena, Dormentes e Salgueiro, além de Ilhéus (BA) e São Luís (MA).
 
A segunda fase da ação é um desdobramento de uma operação realizada em 2022. 
 
Na época, a Ipuçaba I  cumpriu mandados de prisão preventiva, busca e apreensão, além de outras medidas cautelares contra agentes públicos e empresários suspeitos de envolvimento no suposto desvio de recursos públicos federais destinados a uma prefeitura de um sertanejo.

Os recursos supostamente desviados eram destinados ao custeio de serviços de transporte escolar e locação de veículos para a Secretaria de Saúde do município.

Primeira etapa

No dia 2 de dezembro de 2022,  a Controladoria-Geral da União (CGU) e a PF deflagraram a Ipuçaba I. 
 
O objetivo foi  apurar crimes relacionados a licitações e a aplicação de recursos públicos federais em Ouricuri (PE). 

Análises iniciais sobre processos licitatórios realizados em Ouricuri apontaram indícios de direcionamento, restrição à competitividade, detalhamento insuficiente do objeto e prejuízo à transparência. 

Os auditores verificaram que empresas de um mesmo grupo vêm se revezando na prestação dos serviços de transporte de alunos e locação de veículos e máquinas pesadas; e empresas de outro grupo têm se sucedido na prestação de serviços gráficos e de reprografias.

Também foram observadas possíveis irregularidades na execução dos contratos com ambos os grupos, cujos valores entre 2012 e 2021 superam os R$ 70 milhões. Adicionalmente, investigação da Polícia Federal identificou indícios de pagamentos de vantagens indevidas a agentes públicos.



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