Adriana Bacelar, a ex-mulher do deputado estadual Coronel Alberto Feitosa (PL) – que denunciou o parlamentar por violência patrimonial e obteve uma medida protetiva contra ele –, disse que também foi vítima de violência psicológica nos últimos anos do casamento. Em entrevista à TV Globo, a dona de casa contou que o ex-marido a excluía de eventos públicos e a criticava pela aparência.
Procurado pelo g1, Alberto Feitosa afirmou que as alegações de Adriana não são verdadeiras e que ela o acompanhou em várias ocasiões na época.
As denúncias de Adriana, que foi casada com Feitosa entre 1999 e 2015, estão sendo investigadas na 1ª Delegacia de Polícia da Mulher, no bairro de Santo Amaro, na área central do Recife.
O boletim de ocorrência registra que, em depoimento, a dona de casa afirmou que, durante o relacionamento, "foi vítima de violência doméstica, do tipo violência psicológica" e que "ele a humilhava, sempre menosprezando a vítima".
Segundo Adriana, as humilhações começaram em 2012, depois que Feitosa assumiu o cargo de secretário do Turismo de Pernambuco.
"Ia ter um evento, eu nunca ia. As esposas iam e eu nunca ia: 'Você não vai porque ninguém gosta de você, porque você é uma pessoa que pesa o ambiente'. Ele sempre achava formas pejorativas de me tirar dos lugares. Viajava e não me levava. Teve uma vez que a gente viajou, ele foi para a primeira classe e me colocou, com as meninas, na classe econômica", afirmou a ex-esposa do deputado.
Ela afirmou ainda que, no segundo semestre daquele ano, teve depressão e buscou vários tratamentos psicológicos, decidindo se separar em 2015.
"A agressão psicológica fica na alma da pessoa. A física, você leva uma pancada, daqui a pouco ela passa. Mas a psicológica, você fica lembrando de tudo que foi dito. É uma coisa que, realmente, machuca durante anos", declarou Adriana.
Além da violência psicológica, Adriana Bacelar fez uma denúncia contra o deputado estadual Coronel Alberto Feitosa (PL) por violência patrimonial, solicitando também uma medida protetiva, com base na Lei Maria da Penha. A medida protetiva foi determinada pela Justiça no dia 1º de dezembro de 2023.