Uma organização criminosa atuante no Litoral Sul de Pernambuco é alvo da operação Restolho, deflagrada na manhã desta terça-feira (31) pela Polícia Federal (PF). Estão sendo cumpridos 22 mandados, sendo 13 de prisão preventiva e nove de busca e apreensão.
Segundo a corporação, o bando é especializado na prática de homicídio e no tráfico de drogas e armas na região e foi o responsável por realizar "distúrbios" na praia de Porto de Galinhas, em abril de 2022.
Na época, um ônibus foi queimado e homens armados passaram a abordar carros, assustando moradores e turistas, resultando no fechamento temporário de comércios de um dos principais pontos turísticos do Estado.
O movimento ocorreu em represália a uma ação da Polícia Militar na região, que resultou na morte da menina Heloysa Gabrielle, de seis anos, atingida por uma bala perdida em 30 de março daquele ano durante tiroteio com suspeitos de tráfico, na comunidade de Salinas, em Porto de Galinhas.
Segundo a PF, no curso das investigações, pelo menos cinco líderes da organização foram presos nos estados de Sergipe e Rio Grande do Norte, e também em cidades da Mata Sul de Pernambuco.
Entre os presos naquela época, está o criminoso considerado número um da facção, que foi localizado em um condomínio de luxo, na cidade de Parnamirim, no RN. Na ocasião, foram apreendidos itens e veículos de alto valor.
A PF informou que se espera uma redução significativa dos índices de violência na região do Litoral Sul, a partir da queda na oferta de entorpecentes e no número de crimes motivados pelo tráfico.
A operação é uma ação da Força Integrada de Combate do Crime Organizado de Pernambuco (Ficco/PE), criada pela Polícia Federal, Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, Secretaria de Ressocialização de Pernambuco e Polícia Rodoviária Federal, para atuar de forma conjunta na repressão à criminalidade violenta.