Rodoviários realizam um protesto no Terminal da PE-15, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR), na manhã desta terça-feira (5) contra projeto de lei contra o chamado "surfe" nos ônibus.

Ônibus não saem do terminal e passageiros precisam usar outras alternativas para seguirem para seus compromissos. O trânsito está lento na região. 

Recorrente nos ônibus da RMR, "surfe" é como é chamada a prática de viajar na parte de cima dos ônibus. Nessa segunda-feira (4), ato contra o mesmo motivo foi feito na área central do Recife, quando motoristas estacionaram ônibus para reclamar do projeto. 

O Sindicato dos Rodoviários, em contato com a reportagem, explicou que o ato desta terça-feira, apesar de defender uma "pauta legítima", não é organizado pela gestão e, sim, pela oposição.

O Projeto de Lei 1366/2023, que visa a coibir a prática do "surf" nos coletivos, é de autoria do deputado Pastor Júnior Tércio (PP) e aguarda a sanção da governadora Raquel Lyra para entrar em vigor após ser aprovado na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) na semana passada.

Para o sindicato, o projeto pune o rodoviário. "Expressamos nossa revolta pela forma como o PL foi aprovado na Alepe, um projeto que visa proibir a prática do surfe rodoviário, mas que culpabiliza o motorista caso ele não consiga coibir tal prática no ônibus que tiver conduzindo", afirmou a categoria, por meio de nota. O sindicato afirma não ter sido procurado para debater o tema. 

O Pastor Júnior Tércio (PP), autor do projeto, alega, por outro lado, que a proposta não pune os motoristas. A ideia é responsabilizar o infrator e a empresa de ônibus. “Não é justo, não é coerente falar em punição. Esta Casa não iria aprovar um projeto ruim para a sociedade”, alegou o deputado, em pronunciamento na tribuna, na tarde de segunda (4).