Em campanha salarial, os motoristas de ônibus ligados ao Sindicato dos Rodoviários do Grande Recife pedem que o Governo do Estado, prefeituras e o Poder Legislativo façam a intermediação das negociações com os empresários do sistema de transportes urbanos.
Essa informação foi confirmada, nesta quarta (24), após a quarta rodada de negociação entre representantes do Sindicato dos Rodoviários do Recife e Região Metropolitana e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros no Estado (Urvana-PE).
“Queremos que o Governo do Estado, a Alepe e as prefeituras do Recife e Região Metropolitana assumam sua responsabilidade enquanto gestores do sistema e entrem nas negociações para ajudar na solução do impasse”, declarou a entidade sindical que representa os rodoviários, por meio de nota.
Segundo o presidente do sindicato que representa a categoria, Aldo Lima, não houve avanço nas negociações com a classe patronal e os profissionais listam as reivindicações.
Eles não descartam futuros atos e paralisações para cobrar reajuste salarial e a implantação de plano de saúde para os rodoviários.
“Apesar das insistentes tentativas de negociação por parte do Sindicato dos Rodoviários, após a quarta reunião, nenhum avanço ocorreu em relação à proposta anteriormente apresentada pela Urbana-PE. Insistem numa proposta que não contempla a categoria. O reajuste salarial proposto é de 0,5% de aumento acima da Inflação e está bem aquém daquilo que a categoria reivindica (5% de aumento real); apresentaram um valor de R$ 400,00 para o vale-alimentação, além de um abono no valor de R,00 para quem exerce a dupla função”, explicou o dirigente sindical.
Ainda segundo Aldo Lima, além do reajuste salarial, a categoria de rodoviários quer a implementação do plano de saúde para os profissionais, em que o dirigente sindical alega que Pernambuco é o único estado do Nordeste que os rodoviários não possuem este benefício.
“Além da reivindicação salarial não houve avanços em relação ao plano de saúde. Somos a única localidade no Nordeste cuja categoria rodoviária não possui um Plano de Saúde. Isso sem contar o Controle das Horas de trabalho, hoje totalmente lesivo ao trabalhador rodoviário e que não pode mais continuar da forma como é. A alegação da Urnbana-PE é falta de recursos, mas como? Somente neste ano já foram destinados às empresas de ônibus, em forma de subsídio (sem contar a tarifa), R$ 348 milhões. Estima-se que até o fim do ano esse montante poderá chegar a 400 milhões”, disparou Aldo Lima.