Dezessete reféns, 13 deles israelenses, que estavam detidos em Gaza há semanas, foram libertados neste sábado (25) à noite, no segundo dia da trégua entre o Hamas e Israel, que, em troca, libertou 39 prisioneiros palestinos.
O braço armado do movimento islâmico palestino Hamas, as Brigadas Ezzedine al-Qassam, anunciou que havia entregue 13 reféns israelenses e 4 estrangeiros ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), antes da meia-noite.
O Hamas revisou esse número para baixo, depois de anunciar inicialmente que havia entregue 13 reféns israelenses e 7 estrangeiros. Israel e Egito confirmaram que 17 reféns foram libertados. O escritório do primeiro-ministro israelense disse em comunicado que o governo "abraça os 17 reféns que estão voltando para casa, 13 de nossos cidadãos e 4 tailandeses".
Imagens divulgadas pela televisão egípcia mostraram o comboio de reféns cruzando para o Egito através do posto de fronteira de Rafah, no sul da Faixa de Gaza. Autoridades israelenses posteriormente indicaram que chegaram a Israel.
Em troca, Israel libertou 39 prisioneiros palestinos na noite de sábado, todos mulheres e adolescentes menores de 19 anos, assim como os reféns libertados pelo Hamas, que são mulheres e crianças.
A trégua de quatro dias, prorrogável, obtida na quarta-feira por Catar, Estados Unidos e Egito, prevê a libertação de um total de 50 reféns israelenses, dos mais de 200 capturados em Gaza, e de 150 palestinos presos em Israel.
Inclui também a entrada humanitária e de combustível em Gaza.
Bloqueio
O movimento islamista palestino atrasou durante a tarde deste sábado a libertação deste segundo grupo de reféns, acusando Israel de não respeitar o acordo, especialmente em relação à entrega de ajuda humanitária no norte da Faixa de Gaza.
O Exército israelense negou a violação do acordo.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed Al Ansari, indicou na rede social X, antigo Twitter, que "os obstáculos para liberar os prisioneiros" foram "superados".
Na sexta-feira, o Hamas entregou um primeiro grupo de 13 reféns israelenses - assim como dez tailandeses e um filipino que não faziam parte do acordo inicial - ao CICV para serem levados a Israel via Egito.
Por sua vez, Israel libertou 39 palestinos presos, mulheres e jovens menores de 19 anos.
Os bombardeios israelenses em Gaza, contínuos desde o ataque perpetrado em Israel em 7 de outubro pelo Hamas, e a ofensiva militar no norte do território palestino cessaram, assim como os disparos de foguetes do Hamas em direção a Israel.