O artista plástico pernambucano José Cláudio, morreu nesta terça-feira (12), aos 91 anos. A informação foi confirmada pelo filho dele, Mané Tatu. A causa da morte ainda não foi divulgada.
Conhecido pelos trabalhos coloridos e figurativos, José Cláudio nasceu em 1932 na cidade de Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife, e se consagrou como artista no circuito da arte contemporânea, nas décadas de 1950 a 1970, quando desenvolvia desenhos e gravuras considerados mais experimentais.
No ano de 1955, José Cláudio viajou para São Paulo e trabalhou com os artistas Di Cavalcanti e Lívio Abramo na Escola de Artesanato do Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM/SP.
Posteriormente, em 1957, o artista pernambucano ganhou uma bolsa de estudos da Fundação Rotelini, em Roma, na Itália. Após um ano no exterior, José Cláudio voltou para Pernambuco e começou a morar em Olinda, onde escreveu artigos sobre artes plásticas para o Diário da Noite, do Recife.
O artista também desenvolveu pinturas de caráter figurativo, retratando cenas regionais e paisagens do Nordeste, evitando o caráter pitoresco. Ao longo da trajetória, ele elaborou textos para exposições de artistas nordestinos, como a mostra Oficina Pernambucana, em 1967. José Cláudio também escreveu o livro Memória do Ateliê Coletivo, no qual reúne depoimentos dos vários artistas que integram o grupo.
Em agosto de 2022, o artista celebrou o aniversário de 90 anos através da exposição "Primeiro a fome, depois a lua" na Galeria do Marco Zero, em Boa Viagem, no Recife.
Entre as obras do artista estão: A Herança de Minha Avó, Cenas de Rua em Olinda, despojos, Esperança e Moça no Atelier.