A Associação de Delegados de Pernambuco (Adeppe) criticou as falas da advogada que defende o empresário Rodrigo Carvalheira, de 34 anos, preso por suspeita de crimes sexuais contra mulheres.
Na quinta (11), após o cumprimento do mandado de prisão preventiva do empresário, a defensora Graciele Queiroz afirmou que era "armação e show midiático e político".
Diante disso, o presidente da Adeppe, Diogo Melo, afirmou que vai buscar apoio da Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco (OAB-PE) e não descarta uma ação judicial contra Queiroz
Segundo Melo, na segunda-feira (15), a associação vai acionar a Comissão de Ética da (OAB-PE) para que o órgão investigue a conduta da advogada.
Caso seja necessário, segundo o presidente da Adeppe, é possível que a entidade recorra ao Judiciário para pedir indenização por danos morais.
A Adeppe não aceita o fato de a advogada ter feito acusações contra as delegadas responsáveis pela prisão de Carvalheira.
O empresário foi detido em uma operação comandada por Jéssica Ramos e Larissa Souza, da 1ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM).
Em entrevista nesta sexta (12), Melo afirmou que são inaceitáveis as declarações da advogada contra a polícia.
“Ela (Graciele) critica a forma da condução do inquérito e a gente que a condução cabe somente à delegada. Ela fala que não houve a necessidade da prisão do cliente, mas quem decide isso também é a investigadora. Isso é uma atividade exclusiva da autoridade policial. Ela fala sobre que a delegada teria cometido arbitrariedades, ‘show midiático’, e inclusive, faz interpretações de provas que estão sob sigilo. Então é nesse tom que criticamos a conduta da advogada”, explicou Diogo Melo.
O presidente da Adeppe ainda disse que: “Estamos oficiando ela à OAB, já que ela fala que as delegadas agiram com abuso de autoridade e ilegalidades, então ao defender o cliente, ela veio atacar o órgão investigativo. Vamos oficiar a OAB para apurar a conduta dela, na próxima segunda. Entendemos que a investigação é sigilosa e ela não pode sair falando sobre provas que estão em sigilo”, destacou Melo.