O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) anunciou, nesta quinta-feira (7), que oficializou o envio de uma denúncia que acusa 12 policiais militares de participarem da chacina do Caso Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife.
O documento foi oficializado por meio do representante titular da 1ª Promotoria de Justiça Criminal de Camaragibe, bem como dos promotores designados pelo Controle Externo do Grupo de Atuação Conjunta Especial (GACE) para o caso.
A lista de denunciados é composta pelos seguintes nomes:
Os crimes aconteceram um dia depois que um confronto entre policiais e um irmão das vítimas, Alex da Silva Barbosa, conhecido como Alex Samurai, resultou em dois PMs mortos.
Segundo o MPPE, na sequência dos fatos, “diversos policiais se deslocaram até Tabatinga, sob o comando, instrução e monitoramento de oficiais da Polícia Militar, onde iniciaram uma caçada a Alex e a parentes deste, com claro intuito homicida, em vingança pela morte dos colegas".
Além dos três irmãos, também foram mortos Maria José Pereira da Silva e Maria Nathália Campelo do Nascimento, mãe e esposa de Alex, respectivamente. De acordo com o MPPE, o duplo homicídio é objeto de outro inquérito.
O caso também deixou mais uma pessoa morta. Baleada na cabeça durante a busca dos policiais por Alex, a jovem Ana Letícia, que estava grávida de sete meses no momento em que foi atingida, morreu cerca de um mês após o fato. Em coma, a adolescente deu à luz a uma menina, que nasceu prematura.
Outro adolescente, de 14 anos, também foi baleado na cabeça pelos policiais.