Depois de mais de 12 meses de prisão provisória, o ex-jogador brasileiro Daniel Alves será julgado a partir desta segunda-feira em Barcelona, acusado de ter supostamente estuprado uma mulher em uma discoteca da cidade.
O Ministério Público espanhol pede nove anos de prisão ao jogador, já a defesa da suposta vítima queria uma sentença maior, de 12 anos de prisão.
O julgamento deverá durar até quarta-feira, no Tribunal Provincial de Barcelona, onde Alves, de 40 anos, chegará da prisão onde está detido desde o final de janeiro de 2023.
As sessões terão depoimentos do ex-jogador e de outras 28 testemunhas que estavam na boate de Barcelona na noite em que o suposto estupro ocorreu, em 30 de dezembro de 2022. Alves deve falar hoje mesmo, na primeira sessão, assim como outras seis testemunhas.
As outras 22 testemunhas falarão amanhã, terça-feira, e a última sessão, em 7 de fevereiro, será dedicada a trâmites periciais, entrega de um relatório e conclusões.
A suposta vítima, uma jovem espanhola, falará a portas fechadas para que sua identidade seja preservada.
Relembre o caso
O ex-jogador do Barcelona e do PSG, que defende que as relações foram consensuais, é acusado por uma jovem de a ter estuprado no banheiro de uma área exclusiva da discoteca Sutton, em Barcelona, na madrugada de 30 para 31 de dezembro de 2022.
Segundo o Ministério Público, os fatos correspondem a um alegado crime de “agressão sexual com penetração”, pelo qual são pedidos nove anos de prisão para Alves, além de uma indemnização de 150 mil euros (cerca de 804 mil reais) para a mulher e mais uma década de liberdade supervisionada após o cumprimento da pena.
O julgamento, que tem suscitado grande atenção mediática, poderá finalmente ser acompanhado pelos jornalistas, depois de os magistrados terem rejeitado o pedido do Ministério Público para o realizar à porta fechada. Para proteger a sua identidade, o depoimento da mulher será totalmente confidencial e será ainda garantido “que não há confronto visual com o arguido”.