Foi protocolado nesta segunda-feira (04), no Conselho Deliberativo do Santa Cruz, o pedido de afastamento de Antônio Luiz Neto, presidente do executivo do clube. Os motivos por trás da solicitação passam por possível descumprimento do estatuto da Cobra Coral, além de acusações de má gestão, todas baseadas na lei do Profut.
Um abaixo-assinado recolheu mais de 160 assinaturas de membros do Conselho com direito a voto. Jaime Fortunato, líder da ação, reforçou que, ao acumular um terço das aprovações dos componentes do CD, o afastamento é feito de maneira preventiva por um período de 90 dias. "O pedido já foi protocolado com Marino Abreu, que terá que deliberar, obrigatoriamente, com um prazo de até três dias", disse Fortunato.
Segundo o conselheiro, a gestão de Antônio Luiz Neto descumpriu a Lei do Profut, que é a legislação que rege a administração do futebol de clubes no Brasil. "(Descumpriu) contraindo dívidas acima da receita do clube, dessa forma não agindo dentro do Fair Play financeiro, além do não pagamento do FGTS de todos o funcionários. Estamos até perdendo jogador por causa disso", disse.
"Ainda mais, você não pode antecipar receita para um período fora da sua administração e endividar o clube. Isso tudo está fora do que é previsto pelo Profut", acrescentou.
Sobre as ações que vão contra o estatuto do clube, o conselheiro alega que o atual presidente se nega a prestar contas - que teve balanço financeiro de 2022 reprovado -, não atende aos protocolos necessários para a próxima Assembléia Geral Extraordinária, além da não divulgação da atual lista de sócios do Santa. "É uma gestão temerária, que não está cumprindo os requisitos normais que é para ser feito pelo executivo", pontuou Jaime.
Se o pedido for acatado pelo presidente do Conselho Deliberativo, Marino Abreu, e o afastamento sendo realizado, quem assume o clube durante o período é Jairo Rocha, atual vice-presidente. Se Jairo não assumir, caberá a Abreu conduzir o executivo.