Com os benefícios de sua delação premiada em risco, o tenente-coronel Mauro Cid vai prestar depoimento ao ministro Alexandre de Moraes, no Supremo Tribunal Federal (STF), na tarde de quinta-feira (21/11). O magistrado vai decidir se Cid deve ser punido por, segundo a Polícia Federal, ter omitido em seus depoimentos o plano para assassinar autoridades, como o próprio Moraes, o presidente Lula (PT) e o seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), no fim de 2022, antes da posse deles.
Moraes, contrariando o que é de praxe na Corte, não nomeou um juiz auxiliar para conduzir o depoimento e tomou para si a responsabilidade. Ele ficará frente a frente com o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O depoimento foi marcado após a PF revelar novos detalhes da investigação sobre golpe de Estado nos últimos dias do governo de Jair Bolsonaro (PL). Os capítulos narrados pela corporação em relatório que motivou novas prisões na última terça (19/11) comprometem outros nomes importantes — entre eles, o do próprio ex-presidente — e dão gás para que a apuração lance luz sobre mais detalhes da suposta trama golpista que era discutida nos gabinetes do antigo governo.