Os quatro policiais militares responsáveis pela escolta do empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), assassinado na sexta-feira (8), no Aeroporto Internacional de Guarulhos foram identificados e afastados, neste sábado (9). Por meio das redes sociais, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que os “responsáveis serão severamente punidos”.
Os policiais Adolfo Oliveira Chagas, Leandro Ortiz, Romarks César Ferreira de Lima e Jefferson Silva Marques de Sousa prestaram depoimento na manhã deste sábado no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) e na Corregedoria da Polícia Militar, onde tiveram os aparelhos celulares apreendidos. Eles foram contratados para fazer a escolta de Vinícius Gritzbach, mas, segundo uma das linhas de investigação do DHPP, os seguranças teriam falhado de forma proposital, indicando o horário do desembarque para os executores.
Durante o depoimento, os policiais afirmaram que um dos carros que buscaria o delator Gritzbach, no Terminal 2 do aeroporto, quebrou durante o trajeto, obrigando-os a seguir a escolta com apenas um veículo e um policial. Os outros três permaneceram no carro que havia quebrado. Os parelhos celulares dos quatro acusados foram apreendidos, onde passará por uma varredura para saber as últimas mensagens e ligações feitas, antes do crime.
O Crime
Vinícius Gritzbach vinha sendo ameaçado pelo PCC, pois já havia feito delações sobre o comando. Ele prometia revelar com detalhes toda a estrutura hierárquica, divisão de tarefas e como funcionava a lavagem de dinheiro.
Segundo a perícia, Gritzbach foi atingido, por pelo menos, 27 disparos na cabeça, tórax e braços. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), mais três pessoas foram atingidas, dois motoristas de aplicativo e uma passageira, que desembarcava no aeroporto, mas todos estavam em estado estável, até o momento.